A atuação do líder do governo, Marconi Daniel (PHS), na aprovação do crédito adicional de R$ 8 milhões, foi ruim, se considerar que seus argumentos não se mantinham de pé com a tréplica oposicionista sempre mais esclarecedora.
Jogado aos leões, não teve, por exemplo, o auxílio do experiente Regivaldo Coriolano (PT), que entrou calado e só não saiu mudo porque ainda leu o parecer da comissão. Em momento algum, o vereador quis entrar no mérito.
Quando citava um ou outro colega, estes também não reforçavam sua posição, José Carlos (PRB), chegou a acusar os opositores de ″tumultuar″ a sessão. Ora vejam, questionar para onde vão os recursos que seriam gastos na área da saúde, de alta e média complexidade é tumultuar?, ou fazer aquilo que o povo – particularmente os que não aprovam o governo, espera deles?
Porém, havemos de considerar que a ficha da oposição não caiu ainda – me refiro especificamente a bancada pepista.
Oposição ainda está ″mole″
A oposição, e eu ainda me permito citar apenas Luiz Aureliano e Antônio Alexandre, ambos do PMDB, fizeram muito, mas os demais precisam ajudar também. Ontem, embora não faltassem argumentos aos peemedebistas, percebeu-se que os votos do PP chegaram a reboque, não foram planejados. Em outras palavras: falta a dita união.
Na próxima legislatura sem Luiz Aureliano, e com a chegada de vereadores mais preparados na bancada do governo, a coisa tende a desigualar mais. Por ora, só os dois da oposição conseguem equilibrar o debate, mas é preciso deixar de lado picuinhas individuais e agir como bloco, juntando lé com cré, talvez ″endureça″ as ações.
Ninguém lembrou, por exemplo, que estes R$ 5,6 milhões dos 8 remanejados, estavam esperando pela UTI, a verba foi aprovada para este fim, por Edson Oliveira (PP) com destaque, e como é sabido, a dita-cuja está nas nuvens.
Governo
Apesar da solidão e, ontem, apenas Zezinho (PTN) lhe socorreu com mais ênfase – nem é preciso dizer que foi um desastre, ainda teve Leda Chaves (PDT) que se absteve, é preciso reconhecer que Marconi Daniel tem coragem, não fosse seu empenho colossal a votação seria adiada.
Daniel, ao logo desses dois anos, defendeu o governo com unhas e dentes, quando foi preciso, baixou mesmo o nível [ver episódio do ″batedor de mulheres″ referindo-se a Luiz Aureliano] enfim, foi realmente um líder que cumpriu direitinho seu roteiro. Não é à toa que se lança para arrematar a presidência da Casa, e, com chances.