Assim como o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), o governador Rui Costa (PT) é contra a vacinação por categorias profissionais. Ele defende que a vacinação contra a Covid-19 siga o critério por faixa etária, e que não sejam mais incluídos trabalhadores de setores específicos nos grupos prioritários da imunização.
“Eu não sou a favor da vacinação por categorias. Por quê? Porque a gente deixa de vacinar aquelas pessoas que correm mais risco de vida”, defendeu Rui, ao ser questionado sobre a vacinação de profissionais da comunicação que foi aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), mas é alvo de uma recomendação contrária do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
O órgão de Justiça se mostrou contrário à inclusão dessa categoria entre as prioridades e exigiu a apresentação dos critérios epidemiológicos que embasaram a autorização da CIB.
Em meio a isso, o governador se mostrou favorável à não inclusão. “A ciência já comprovou por tudo que eu leio, tudo que eu ouço que o risco é proporcionalmente maior quanto maior for a idade e quando a pessoa tem alguma doença acessória. (…) Quando a gente elege categorias, nós começamos primeiro a vacinar pessoas absolutamente saudáveis, mais novas e deixando de vacinar pessoas idosas que se pegar Covid vai a óbito ou uma pessoa que, eventualmente, tenha alguma doença”, defendeu. O governador questionou ainda, de forma retórica, se os bancários, outra categoria que pleiteia prioridade, estão em maior ou menor risco de exposição que os jornalistas.
Atualmente, os municípios vacinam idosos, trabalhadores da saúde, segurança, educação, transporte e pessoas com comorbidades, para citar alguns grupos. A imunização da população geral também já foi autorizada. Em Salvador, pessoas com 56 anos, sem comorbidades, começaram a receber a primeira dose na semana passada.
