18 de abril de 2024

Mulheres unidas em tempos de isolamento: sobre esperança e luta (por Evelyn Santana)

Por

REDAÇÃO - PA4.COM.BR




 

Evelyn Santana
evelynnp35@gmail.com

 

1-Informações pessoais

Me chamo Evelyn, nasci em Paulo Afonso- BA, cresci em Maceió- AL. Tenho 28 anos sou graduada em serviço social- UFAL, pesquisadora no âmbito de políticas públicas, assessora acadêmica, feminista, militante, compositora. As experiências ao que tange a minha formação, bem como vivências no que se refere a pesquisa na área social, me fizeram despertar para a necessidade de perpassar o contexto da teoria e adentrar no campo da ação. Sempre fui inquieta com mas mazelas e desigualdades sociais que se expressam cotidianamente em nosso país, e, em no estado em que resido. Acredito que só através da educação, conscientização e manifestações sociais. Ou seja, organização da sociedade civil com vistas ao sua participação no contexto do controle e participação social… conseguiremos avançar.

 

2- Sobre colaboração com a Associação AME

AME, é uma associação sem fins lucrativos que luta em prol dos direitos femininos e da defesa de mulheres que sofreram ou sofrem violências. No ano de 2021 fez mais de 3 mil atendimentos. Observando o trabalho, me reuni com a presidenta da associação e compus uma música chamada “amor e luta”. Essa música é o tema da campanha de 2021, narra a luta feminina. O objetivo era alcançar mulheres através da arte. Visto que, somos silenciadas de várias maneiras. Contudo, a arte tem um poder de alcançar pessoas e dificilmente pode ser “silenciada”.

 

3- Sobre o Projeto Mulheres e suas Vozes

 

Após a elaboração da composição “amor e luta” … Senti a necessidade de idealizar algo que permitisse que as mulheres falassem, que fossem ouvidas e que ouvissem outras histórias. Foi pensado para desmistificar a visão subvertida do dia 8 de março. Trazer a verdadeira essência, através de mulheres guerreiras. A pergunta era: Como você se sente enquanto mulher na sociedade atual? Esse projeto uniu mulheres de todo país, todas predispostas a compartilhar suas narrativas, histórias, lutas e particularidades. Culminou em um mine documentário. Editado por Ramon Barros, estudante de ciência da computação pela Ufal e idealizado por mim. O Intuito era mostrar que todas as mulheres, independe de etnia, classe, nível de escolaridade, orientação sexual… Tinham muito para compartilhar. Estudantes, professoras, artesãs, assistentes sociais, jornalistas, politicas (como Heloisa Helena) abraçaram a causa. Dentre elas 5 mulheres de Paulo Afonso. O grupo em que nos articulamos foi criado pelo whatsapp. E o projeto está sendo veiculado pelo meu instagram @maisumaevelyn. Neste caso, não existe um espaço físico. O espaço é virtual.

 

 

Evelyn Santana.

4- Sobre próximos passos
Nosso país é o 5º no que se refere ao feminicidio. Afora outras violências. Este grupo, bem como o projeto, possibilitou que as mulheres envolvidas se vissem enquanto protagonistas de suas vidas, sujeitos de direitos, vozes! Observando o processo, os diálogos, e a dinâmica… o que era apenas a idealização de um projeto em audiovisual, passou a ser a idealização de um coletivo para mulheres (ainda em processo) Haja vista não somente a luta por direitos, mas um espaço que possa servir como rede de apoio e expressividade. Estamos em um momento histórico (pandemia) em que não podemos sair, ou organizar reuniões que gerem aglomeração. Contudo, isso não nos impediu de agir. Ainda que virtualmente.

 

O coletivo todas, nasceu depois do projeto mulheres e suas vozes. Percebi que o projeto formou uma rede em que mulheres puderam ouvir e serem ouvidas. Esse momento, culminou na criação de um coletivo. Com um propósito firme! Unir mulheres… Independente de classe, nível de escolaridade, orientação sexual, e distância. Pois, é um grupo aberto para mulheres de todas as regiões. Em tempos como o que estamos vivenciando, sentimentos o peso do isolamento, não podemos nos unir fisicamente. Contudo, encontramos uma forma de estabelecer uma rede em que mulheres podem compartilhar suas vivências, demandas, conquistas, e ajudar umas as outras coletivamente. Não temos líderes. Buscamos atuar coletivamente em prol daquelas que estão inseridas no grupo e fora dele. Como? a partir da acolhida, da fala, da exposição de necessidades materiais ou sociais. Buscamos a união, a luta por nossos direitos e o empoderamento feminino. Livre de preconceitos e ou amarras. Temos hoje, 34 mulheres, unidas por um propósito. Mas tecitura continua…

 



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COMENTÁRIOS

Comentários 6

  1. Péricles Sampayo says:

    Isso de “coletivo” é próprio de organizações comunistas. Alegam que todas tem voz; tem sim, desde que seja afinada com o politburo dirigente… Clichês obsoletos e fora de moda tipo “empoderamento” não seduzem mais as mulheres . Elas são mais inteligentes do que certas ideias arcaicas!

  2. Maria says:

    Sou mulher e acho uma bobagem essa mania que as pessoas tem de querer separar grupos em tudo como o título induz sobre mulheres unidas em tempos de isolamento. Esse tipo de coisa em nada agrega, pois somos todos iguais, um só povo e uma só nação, independente de sermos mulheres, homens, trans, gays, lésbicas etc Temos que incentivar TODOS a estarem aounidos invés de levantar bandeiras que só separam e em nada ajudam

    • Adri says:

      Perfeito sua colocação Maria.
      Sou feminina e jamais “feminista”. Essas ideologias realmente acabam separando mais ao invés de unir.
      E como diz ai no texto…”fui inquieta com mas mazelas e desigualdades sociais que se expressam cotidianamente em nosso país”. Infelizmente isso é fruto da própria esquerda quando estava no poder.
      Somos seres humanos e a melhor união na minha opinião é com Deus.
      Que um dia essas lutas de classes possam se unir e tornar se uma luta só, já que somos todos iguais perante a lei.

    • Pike says:

      Ótimo posicionamento, Maria. Só tolos que ainda caem nessa ideia separatista, típica de regimes que, para conquistar, precisam separar. O que se tem visto no Brasil, até mesmo como estratégia política, é isso.

  3. Camila says:

    Eu como mulher, mãe, negra e trabalhadora, acho totalmente desnecessários discursos como o desse artigo que claramente tem o único objetivo de separar as pessoas, sejam elas homem ou mulher, negros ou brancos pois, somos todos iguais e, já está na hora de parar com essa bobagem pois, não agrega em nada

  4. Pike says:

    E ainda falam “Presidenta”.

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