Vamos às linhas gerais, para depois descer aos ″entretantos″ da sessão ordinária da Câmara Municipal desta segunda-feira (17), que deu o tom de como as coisas vão andar na próxima legislatura.
Havia da parte governista muita urgência em aprovar um crédito adicional de R$ 8 milhões – pedidos pelo prefeito Anilton Bastos (PDT), mesmo que, boa parte dos vereadores governistas não soubessem patavina do conteúdo. Se o vereador consegue permanecer sentado, basta, sentado sem abrir a boca aprova. Foi o que aconteceu.
Por 8 votos a 4, contando uma abstenção – da vereadora Lêda Chaves (PDT) e a ausência de Edson Oliveira (PP) o crédito passou. Porém, sofreu para passar, a discussão durou mais de 1 hora.
Do lado oposicionista, pelo menos o couro engrossou, ainda não endureceu totalmente – como pediu o deputado Mário Júnior (PP), é preciso reconhecer que mudaram, hoje também pediram o adiamento da votação.
Convém dizer que o povo lotou as dependências da Casa, e muitos saíram indignados com a falta de transparência em relação ao conteúdo aprovado, xingaram e vaiaram os vereadores da base: vendidos!, e analfabetos!, foram as palavras mais graciosas.
Muitos jovens chegaram para acompanhar, boa parte foi embora após a aprovação, dizendo que não valia mesmo a perder o precioso tempo vendo e ouvindo o parlamento.
″Temos aqui os funcionários do executivo″, bravejou Alexandre contra os colegas.
″Estamos vendo aqui verbas que se quer são especificadas, você tira recursos de uma verba para a saúde, de alta e média complexidade e se quer diz para quê?, nós gostaríamos de saber?, essas dotações, são pedaladas sim, porque essas ações já foram efetuadas por ele (Anilton)″, novamente Antônio Alexandre.
O vereador finalizou dizendo se tratar de um momento vergonhoso para a Câmara: ″Aprovamos um crime cometido, e que agora está sendo regularizado″.
sacripantas