29 de março de 2024

Turismo: O gigante adormecido (Por Vanélio Oliveira)

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REDAÇÃO - PA4.COM.BR

Ponte Dom Pedro II (Ponte Metálica)/Cânion do Rio São Francisco. Foto: Mário Roberto.



 

Por Vanélio Oliveira (bompasseio.net)

 

Turismo: O gigante adormecido

 

Era uma vez… Um reino com grande potencial turístico. Ele tinha a seu favor um rio que tinha nome de santo, era genuinamente nativo e cortava toda uma nação até encontrar com o mar.

 

Naquele mundo, foi construído um complexo de fonte de energia que iluminava todos os reinos. Reza a lenda, que esta fonte de energia tinha tanto poder, que iluminava até a lua que inspira os casais apaixonados.

 

Um foragido da lei, que tinha seu nome associado a um objeto que ilumina os casebres na escuridão, ficou muito conhecido por roubar dos ricos para doar uma parte aos pobres.

 

Este personagem e sua esposa ficaram tão famosos, que até após morte de ambos, várias pessoas queriam conhecer as terras onde ocorreu toda a história da dupla.

 

Este mundo era tão privilegiado, que as cidades eram lindas, limpas e arborizadas. Os poucos visitantes que chegavam, ficavam simplesmente encantados.




 

 

E o que dizer dos enormes paredões rochosos que eram cortados por águas de rara beleza da cor verde esmeralda? Ao visitar aquela paisagem, muitos visitantes declaravam espontaneamente que era como estar mais perto do Criador.

 

Mas como tudo que nasce no jardim não são flores, existia um gigante adormecido que precisava acordar para trazer prosperidade para aquele povo.

 

Todos os reis de diversos impérios daquele mundo, prometiam para seu povo acordar o gigante. Porém, eles não sabiam como fazer.

 

Todos os reis montaram grupos para realizar tal missão. Mas acontece que esses grupos que foram montados, não obtiveram êxito na missão em acordar o tal gigante.

 

Porém, como em todo reinado, lá não era diferente. Existiam uns seres estranhos. Estes seres atendiam por: Os Panelinhas.

 

Cada rei tinha seus Panelinhas para auxiliar. Eles sempre estiverem presentes em todos os reinos, independente de quem fosse o governante.

 

Os Panelinhas eram seres que recebiam a missão de acordar o gigante adormecido. Porém, não sabiam como fazer. Com medo de perder o posto, e talvez, por vaidade, não permitiam que as pessoas que tinham conhecimento de causa se aproximassem de qualquer rei e apresentasse uma solução.

 

Até que um dia, vários comerciantes de vários reinados, resolveram se unir e desafiaram o poder dos Panelinhas. Eles escolheram um representante que falou para todos os reis, no meio de uma tradicional festa que reunia todos os povos daquele mundo:

 

– Prezados reis! Perdoe a ousadia de interromper esta belíssima festa em homenagem a deusa Democracia.

 

– Nós, humildes comerciantes, gostaríamos que nos concedessem a oportunidade de acordar o gigante adormecido. Caso isso seja do vosso agrado.

 

– Por gentileza, não vejam isso como uma afronta, mas nós sabemos como fazer isso acontecer, só que os Panelinhas não permitem.

 

Nessa hora, o líder dos Panelinhas, conhecido por Gênio da Imagem Mágica, bradou!

 

– Amados reis! Não ouçam essas pessoas. Eles devem estar loucos. Não tem como fazer o gigante acordar. Vários Panelinhas, de vários reinos diferentes já tentaram e isso não foi possível.

 

– Além disso, se eu, que sou o mais sábio dos mais sábios, não conseguir realizar tal missão, quem eles pensam que são? Como ousa nos desafiar?

 

Humildemente, um dos comerciantes falou:

 

– Reconheço sua sabedoria prezado gênio e a admiro muito. Pode ter certeza disso. Mas para o gigante acordar, o segredo está no tamanho.

 

O gênio muito bravo perguntou:

 

– Mas tamanho de que homem? Diga logo!

 

Com voz calma e serena, o comerciante respondeu:

 

– No tamanho de vossa mentalidade prezado gênio. Quando vocês pararem de pensar como “panelinha” e adotar a filosofia do “caldeirão”, todo mundo sairá ganhando.

 

Neste momento, um enorme silêncio tomou conta do local.

 

Os reis que estavam presentes, olharam uns para os outros e resolveram fazer uma breve reunião em um tom bem baixinho.

 

Logo após a reunião, um dos servos anunciou o veredito final:

– Em nome dos reis presentes e em ordem alfabética é anunciado que:

 

– Os reis: Galo Pequeno, Luizinho, Niltinho, Pazinho, Raimundinho e Robinho entregam a missão de acordar o gigante adormecido aos comerciantes deste mundo.

 

– Uma nova associação será criada por vocês comerciantes. Da associação será indicado um representante. O indicado fará parte do governo.

 

– O futuro rei somente nomeará o escolhido e todos os outros membros da associação deverão auxiliar, fiscalizar e cobrar do indicado, até que o gigante adormecido acorde.  Após cada seis meses, esse indicado será avaliado pela associação. Caso tenha seu trabalho aprovado permanece no cargo. Caso contrário, a associação indicará outro representante.

 

– Se cada um de nós seis reis, aqui no palanque, tendo o poder de fazer ou buscar fazer, não fizemos e nem apresentamos um planejamento estratégico detalhado contendo início, meio, continuação, metas e datas para acordar o gigante, entregamos esta missão aos comerciantes.

 

– A partir de hoje, para acordar o gigante será utilizado a meritocracia e não apadrinhamento.

 

Neste mesmo instante, algo inesperado aconteceu.  O povo ficou encantado com cenas de dias melhores que estavam surgindo em sua frente.

 

Como num passe de mágica, a partir daquele instante, todos os reis tiveram a sensação do dever cumprido, Os Panelinhas passaram a se chamar Os Caldeirões, o gigante adormecido que atende por Turismo finalmente acordou e todos foram felizes para sempre.

Ps I.: “Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência”.

 

Ps II. Se você aprova a moral dessa história e o final feliz, compartilhe!

 



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COMENTÁRIOS

Comentários 5

  1. Cidadão says:

    E vai continuar adormecido enquanto esse grupo político dominar o povo no cabresto como domina distribuindo migalhas, vai continuar do jeito que está, sem se preocupar com a geração de empregos e impulsionar o turismo, pois com a mamata garantiada com o nepotismo e o apadrinhamento correndo solto como corre pra quê se preocupar o isso?! Trablhar sério dá muito trabalho e de trabalho essa gestão não gosta!

    • Vanélio Oliveira says:

      Olá Cidadão! Tudo bem? Por favor, não nos leve a mal. Mas essa campanha é apartidária. Não tem cor e nem número. Tem um propósito. Por favor, coloque o seu amor por nossa terra, acima das sua preferência politica e lute juntamente conosco pelo crescimento turístico da nossa cidade, independente de quem for eleito. Posso contar com o seu apoio? Um fraterno abraço.

  2. Paulo Júnior says:

    Parabéns pela Crônica !! É um fato ocorrido nos dias de Hoje.

    • Vanélio Oliveira says:

      Olá Paulo Junior! Grato pela participação. Infelizmente, desde quando as cachoeiras secaram, nenhum grupo politico conseguiu reparar esta perda de um forte aliado da natureza. Infelizmente, TODOS os políticos implementam filosofia política na Secretaria de Turismo, quando na verdade deveria ser uma mentalidade empreendedora. Por favor, faça parte deste movimento apartidário e vamos juntos acordar o gigante adormecido. Topa? Um fraterno abraço.

  3. Jackson says:

    Falou e disse! Ótimo post! Parabéns!

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