Por Francisco Nery Júnior
Há que ser assim. O povão adora. As pessoas precisam manter a esperança. Elas querem um líder a quem seguir. Julgam necessário um farol para iluminar o seu caminho. Grandes líderes mundiais romperam barreiras, despertaram a esperança do seu povo e salvaram suas nações do desastre e da extinção.
A partir de primeiro de janeiro do próximo ano, teremos um novo prefeito; jovem, motivado, e cheio de esperança que vai à frente enquanto os desenganos vão ficando atrás. Pelo que sabemos, vai encontrar uma prefeitura quebrada devedora de vários milhões de reais.
Antes de se assustar, melhor se mirar no espelho de Juscelino Kubitschek e de Antônio Carlos Magalhães que deram um grande salto de qualidade no Brasil e na Bahia. No Brasil ainda um fazendão de café e na Bahia docemente provinciana, usaram de astúcia e conseguiram avanços importantes de desenvolvimento.
Fundamental um impacto inicial de medidas seguras e significativas que deem o tom e não deixem dúvida quanto à seriedade de governar para os munícipes com austeridade e responsabilidade.
De início, a primeira etapa – prometida e não cumprida – de uma ciclovia para o Tancredo Neves abriria o caminho. Galvanizaria o processo de uma nova modalidade de administração. Salvo engano, segundo estamos informados, a verba já estaria carimbada. Em seguida, valeria a pena o cumprimento da alteração da entrada da cidade que seria logo depois da ponte metálica passando pela Praia do Candeeiro até encontrar o cruzamento da entrada da Vila Matias. Os detalhes estão assentados no Plano Diretor da cidade.
Como salta aos olhos que o crescimento da cidade se dará na direção da cidade de Glória, um novo bairro poderia ser criado na região nos moldes do Abel Barbosa e do Caminho dos Lagos. Em retrospectiva, é indiscutível o acerto da política de incentivo que Abel Barbosa e Silva e José Ivaldo adotaram visando ao desenvolvimento da cidade. Vale notar com os poucos recursos de que dispunham. A reboque do que que acabamos de sugerir, uma virada à esquerda e o asfaltamento até o povoado do Açude transformando-o em um virtual novo bairro.
Pelo exposto, apresentamos sugestões factíveis dentro dos pressupostos orçamentários que poderiam ser seguidas pela criação da Praça dos Pioneiros logo após o antigo CREIA, na área já cercada de Palmeiras Leque do Himalaia, da urbanização do pequeno trecho entre a ponte sobre o canal de PA-IV e a praça do Lions Club e da urbanização do trecho em frente à F.S. Copiadora.
Medidas mais simples como transformar a Avenida Manoel Novais em mão única (como foi feito na Floriano Peixoto) e a volta dos nomes antigos de ruas e logradouros como Rua do Coqueiro e Rua da Frente poderiam ajudar no esforço de recuperar a confiança dos pauloafonsinos nos seus dirigentes.
P.S. Sobre o período das dores, tema sobre o qual temos escrito, um empresário do BNH teve a sensibilidade e o sentimento de cidadania para montar uma árvore de natal de mais de cinco metros, com seus próprios recursos, no Complexo Esportivo recentemente inaugurado com foguetes, aleluias e fanfarras. Outro, também do BNH, a gastar gasolina, sujar seu carro e pagar um verdadeiro confisco a título de consumo de água, quixotescamente a tentar salvar as árvores agonizantes dos arredores. Pode-se perguntar para que estamos pagando pesados impostos. Para onde foi o dinheiro arrancado dos contribuintes? Onde estava a Câmara de vereadores remunerados a peso de ouro e com seus “assessores” identicamente remunerados a peso de prata? Resta a desconfiança que um novo processo de impeachment ocorrerá no Brasil.