28 de março de 2024

Chesf é notificada por irregularidades em terreno da PA4 em Paulo Afonso

Por

redacao@ozildoalves.com.br (www.pa4.com.br) com Correio da Bahia

FPI fez operação e encontrou rejeitos da barragem descartados pela própria Chesf. Trabalhadores sem condição de segurança tentam aproveitar material
FPI fez operação e encontrou rejeitos da barragem descartados pela própria Chesf. Trabalhadores sem condição de segurança tentam aproveitar material

A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) foi notificada nesta segunda-feira (28) por conta de irregularidades na usina PA4, na barragem de Paulo Afonso. Na usina, a fiscalização encontrou rejeitos da barragem descartados pela própria Chesf, como britas, pedras e areias que são exploradas e comercializadas ilegalmente, denuncia o FPI.

 

Para aproveitar o material descartado, pessoas foram encontradas trabalhando em situação degradante, sem uso de equipamento de segurança.

 

“Vimos trabalhadores em um cenário de risco real e social, em habitações onde não há banheiro e nenhum tipo de estrutura para se viver, debaixo do sol quente, e utilizando ferramentas rudimentares, construídas por eles próprios. Uma situação desumana”, diz em nota o técnico do Inema, Geraldo Onofre de Souza. Os trabalhadores ilegais vendem uma caçamba de britas de R$ 30 a R$ 50 – nas casas de construção, o material chega a valer R$ 120.

 

A operação faz parte da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) e a notificação foi emitida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA). Participaram também da fiscalização o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF).

 

A notificação aponta que a Chesf deve desenvolver um Plano de Recuperação da Área Degradada (Prad). Também deve adotar medidas legais para agilizar o aproveitamento dos materiais descartados. A companhia tem 30 dias para apresentar uma solução atendendo às exigências. O CORREIO tentou entrar em contato com a Chesf nesta segunda, sem sucesso, para obter o posicionamento da empresa sobre o assunto.

 

A FPI da Tríplice Divisa é formada por Bahia, Alagoas e Sergipe. Desde 21 de novembro, uma força-tarefa com mais de 400 agentes de 50 órgãos atua na região do Rio São Francisco. Eles são coordenados por unidades do Ministério Público Estadual e Federal e pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Nos dias 1º e 2 de dezembro, uma audiência pública vai apresentar os resultados das operações, que visam cuidar da saúde e da segurança do trabalho dos ribeirinhos e dos patrimônios natural e cultural da região.

WhatsApp

Conteúdo 100% exclusivo e em primeira mão, que você só vê no PA4!

VEJA MAIS

COMENTÁRIOS

Comentários 2

  1. Bruno says:

    Os trabalhadores que ali estão, É PORQUE PRECISAM TRABALHAR para se alimentar e alimentar suas famílias, vocês só retiram e não olham as CONSEQUÊNCIAS que causam, agora arrumem um trabalho para cada um, fazem justiça com injustiça!

  2. Marcos says:

    Se for olhar com cuidado verá que esses órgãos na verdade atuam numa fiscalização a base de cobrar taxas é consequentemente… Por exemplo, esse CREA conselho sem nada a oferecer ao profissional, apenas …Com certeza ele pediu a tal ART que custa mais despesas ao pobre trabalhador que nem tem o que.comer o que dirá pagar um engenheiro. O tal IBaMA que é outro , enfim…o comercial de fiscalização é bonito agora a essência é …isso…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

WhatsApp

Conteúdo 100% exclusivo e em primeira mão, que você só vê no PA4!

WhatsApp

Conteúdo 100% exclusivo e em primeira mão, que você só vê no PA4!