Por Carlos Eduardo Alvim e Thaís Leocádio, TV Globo e G1 Minas — Belo Horizonte | 4 de dezembro de 2020 às 20:35
O ônibus que caiu de um viaduto em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais, já havia sido autuado três vezes, em 2019, por transporte irregular de passageiros. O acidente da tarde desta sexta-feira (4) deixou 16 mortos, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Outras 27 pessoas ficaram feridas, sendo três em estado grave.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que o ônibus não tinha autorização. “A empresa está cadastrada na ANTT e tem um Termo de Autorização para prestação de serviço regular concedido pela Justiça, por liminar. No entanto, o veículo em questão não estava habilitado para prestar o serviço de transporte de passageiros”, disse o órgão.
O Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) afirmou que, por se tratar de uma viagem interestadual, a responsabilidade de fiscalização é da ANTT.
O ônibus da Localima Turismo, com placa de Alagoas, caiu no km 350 da BR-381, em um trecho conhecido como “Ponte Torta”, perto da entrada para Dom Silvério.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a suspeita é de que o veículo tenha perdido o freio. O motorista pulou do ônibus e fugiu, segundo relatos de testemunhas aos policiais. Até as 18h15, ele ainda não havia sido encontrado.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que a perícia esteve no local para fazer os primeiros levantamentos e que a causa do acidente será investigada. Os corpos serão encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte.
Prefeitura de Mata Grande, no interior de AL, decreta luto de 3 dias por mortos em tragédia com ônibus
A Prefeitura de Mata Grande (AL) disse que o ônibus saiu de Santa Cruz do Deserto, que fica na zona rural do município, e pegou passageiros por cidades vizinhas como Delmiro Gouveia e Água Branca. O ônibus passa pela Bahia, por Minas e chegaria até São Paulo. A cidade decretou luto oficial por três dias.
A prefeitura da cidade de Mata Grande, no Sertão de Alagoas, decretou luto de três dias pelos mortos na tragédia envolvendo ônibus com placa de Alagoas. O veículo caiu de um viaduto, localizado na cidade João Monlevade, no interior de Minas Gerais. Até agora, são 16 mortos confirmados pela Polícia Rodoviária Federal.
De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura de Mata Grande, a empresa Localima Turismo tem sede na cidade. A prefeitura confirmou ainda que o ônibus faz corriqueiramente a linha até São Paulo, transportando moradores da cidade e dos municípios vizinhos, do sertão alagoano.
O município já cedeu o ginásio de esportes da cidade para que o velório das vítimas seja realizado. Ainda não há data para que os corpos cheguem.
“A empresa é do povoado Santa Cruz do Deserto e fazia uma ou duas vezes a linha São Paulo/Mata Grande. Saia da cidade e iria para Água Branca e Delmiro, além de outras cidades da região, para depois seguir viagem até o sudeste. A cidade está abalada e em choque”, informou a assessoria.
Não sei até quando esses ônibus irregular vão transportar vidas de forma irregular