28 de março de 2024

Mais sete assaltantes de bancos são presos no interior da Bahia

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O Departamento de Polícia do Interior (Depin) anunciou, nesta quinta-feira (1º), as prisões de sete homens, entre eles quatro soldados da Polícia Militar, que há 25 dias roubaram R$ 600 mil da agência do Banco do Brasil, em Ribeira do Pombal. As equipes da Delegacia Territorial (DT) daquela cidade e do Grupo Avançado de Repressão a Crimes Contra Instituições Financeiras (Garcif/Juazeiro) recuperaram mais de R$ 200 mil, quantia já devolvida à direção do banco e que estava enterrada em três locais diferentes na região.

Segundo o delegado Fábio Ávila, coordenador do Garcif/Juazeiro, mais seis integrantes da quadrilha, alguns deles provenientes de outros estados, como São Paulo e Paraná, já têm mandados de prisão e estão sendo procurados. As investigações apontam que integrantes do grupo estão envolvidos nos assaltos às agências bancárias de Cícero Dantas, Cipó, Antas, Canudos e Adustina. 

O bando começou a ser desarticulado um dia após o roubo, ocorrido em 5 de fevereiro – um domingo -, com as prisões de Rogério Oliveira dos Santos, vigilante da agência bancária, José Nivaldo Rodrigues Silva Conceição, o “Dinho”, Givanildo Jesus de Santana, o “Igor Mecânico”, e dos soldados Luciano Railton Oliveira dos Santos, Antônio José Coutinho da Silva, Elmo Santos Batista e Jairo Santana Costa, lotados na CIPM de Ribeira do Pombal. Os policiais militares estavam trabalhando de plantão no dia do roubo ao banco.

O delegado Equiber dos Santos, titular da DT de Ribeira do Pombal, indiciou em inquérito policial por roubo e formação de quadrilha José Nivaldo e Givanildo, ambos também mantidos à disposição da Justiça na 25ª Coorpin, bem como os quatro soldados PM, estes já recolhidos ao Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas.

Autuado em flagrante por roubo qualificado e formação de quadrilha, o vigilante Rogério, que facilitou o acesso dos comparsas ao banco, está custodiado na 25ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), em Euclides da Cunha. A prisão temporária de todo o grupo, já convertida em preventiva, fora decretada pelo juiz Paulo Henrique Santos Santana, com o apoio do promotor João Paulo Santos Schoucair.

CÂMERAS
Imagens captadas por câmeras de segurança do banco e de monitoramento de ruas próximas à instituição financeira, bem como denúncias da comunidade através do telefone 181 ajudaram a polícia a elucidar o roubo à agência, segundo avaliou o delegado Miguel Vieira, coordenador da 25ª Coorpin, cuja equipe auxiliou na investigação conduzida pelos delegados Fábio Ávila e Equiber dos Santos.

Ouvido na Delegacia de Ribeira do Pombal ao encerrar seu turno de trabalho, o vigilante Rogério Oliveira dos Santos informou não ter percebido nenhuma movimentação estranha na agência durante seu expediente. Mas ao ser reinterrogado pelo coordenador do Garcif/Juazeiro,  admitiu participação no crime, declarando ter facilitado o acesso dos ladrões ao dinheiro. Os outros seis integrantes do bando foram presos sequenciadamente.

A polícia apurou que José Nivaldo, autônomo residente em Ribeira do Pombal, havia sido contatado dois meses antes do assalto por bandidos de outras regiões para participar da ação criminosa. Coube a ele atrair o vigilante Rogério Oliveira e Givanildo Jesus de Santana para o grupo. Mecânico que fazia a manutenção da viatura da PM em Ribeira do Pombal, Givanildo articulou-se com os soldados Luciano, Antônio José, Elmo e Jairo, que também decidiram integrar a quadrilha.

No período entre 15 horas do dia 5 de fevereiro e 4 horas da manhã seguinte, os ladrões permaneceram na agência bancária e, utilizando maçaricos, conseguiram arrombar os caixas. De acordo como delegado Fábio Ávila, a partilha do dinheiro subtraído aconteceu em Feira de Santana, cabendo a José Nivaldo trazer para Ribeira do Pombal a parte destinada aos cúmplices que ficaram naquele município.

Mas, antes que Rogério, Givanildo, Luciano Railton, Antônio José, Elmo e Jairo tivessem acesso ao dinheiro trazido de Feira, uma equipe policial comandada pelo delegado Equiber dos Santos conseguiu recuperar cerca de R$ 200 mil, enterrados por “Dinho” num sítio na zona rural e em dois imóveis na zona urbana, um dos quais pertencentes a ele.
 

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