O uso da parabólica nos traz alguns erros de português muito comuns no sul do país:
Adevogado (Advogado)
Treno (Treino; eles escrevem treino mais omitem o i na pronúncia.)
Previlégio (Privilégio)
Da onde você é? (De onde você é?)
Pego (Pegado; o termo já "pegou", a gramática já registrou, mas a pronúncia é horrorosa e, particularmente, não uso pego.)
Gratuíto (Gratuito; existe aí um ditongo, e não um hiato.)
Temos também as nossas escorregadelas:
Enganjar (Engajar)
O verbo aguar – "agôo" (Eu águo, tu águas… A bem da verdade, já encontrei uma gramática que admite a nossa conjugação, mas apenas uma dentre várias.)
Tomar de conta (Tomar conta de; ele tomou conta do meu dinheiro, o filho tomou conta do dinheiro da mãe, etc.)
Torquesa (Torquês; que dá o torque.)
Em Salvador, dizemos retado ( Arretado que, por sua vez, vem de arreitado, o animal nervoso, ansioso para copular.)
Para não falar no "oxente", corruptela de Oh, gente! (ó gente!).
Todos dizemos deixe eu ver (Deixe-me ver. Para evitar a aparência de pedantismo, todos, inclusive os mestres da língua, dizemos deixe eu ver. É como it’s me que, em inglês, a rigor, deveria ser it’s I. O verbo to be é um verbo de ligação e não caberia it’s me.
Poderíamos ainda comentar a corruptela cadê que simplesmente é a abreviação, o enxugamento, de que é feito de ? Intermediariamente, temos quede.
Estamos substituindo meio-fio por guia, sinaleira por farol, quadro-negro por lousa e fechando a pronúncia da letra e.
Se você detecta algum outro erro ou corruptela, faça um comentário para que também possamos aprender com você, leitor.
Francisco Nery Júnior – Assessoria de Comunicação do Ifba