Manhã de sábado no Cetepi 1 – Direção, professores, pais e alunos
Estavam todos lá. Lotaram o auditório mancomunados em processo de educação. Primeiro no auditório climatizado, o Teatro Vera Gouveia. Depois em salas também elas todas livres do calor sufocante da nossa região. Até no ginásio de esportes digno dos nossos jovens. É um bom começo. Torcemos pelo término, tipo uma acabativa após a iniciativa. Queremos esperar o follow up, que é o desenrolar de atividades e aplicações de princípios pedagógicos fundamentais para a decolagem do Brasil rumo ao desenvolvimento. É o que o Cetepi-1 começa a fazer; começa a enxergar e a implementar.
Foi o que fez a China e a Coreia do Sul. Do subdesenvolvimento, apostaram na educação e, em pouco mais de trinta anos, conseguiram um espetacular salto qualitativo para o desenvolvimento. Algumas escolas do Rio Grande do Norte apareceram bem avaliadas. Verificou-se que elas procuravam manter os alunos o maior espaço de tempo possível no ambiente escolar. Recepção, comprometimento, alimentação na escola e – fundamental – apoio dos pais.
Intrigante a desconfiança que ainda persiste em relação aos professores. Os pais, efetivamente, deixam os seus filhos na escola. A maioria precisa deixar. Mas ficam com um pé atrás, o que não acontece com outras profissões. Eles – e nós – entram em prédios e não desconfiam do trabalho dos engenheiros. Entregam as suas causas a advogados e confiam no resultado. Vão ao médico e tomam as suas receitas. Confiam neles. Poderiam confiar um pouco mais nos mestres dos seus filhos cuja abnegação, salvo raríssimas exceções, é incontestável. O professor é, definitivamente, amigo dos seus alunos. Pode até não parecer, mas é. O leitor não tem ideia da nossa felicidade ao encontrar ex-alunos vencedores na vida. Um aluno vencedor, mais uma porta a bater, mais um amigo na praça, mais uma certeza da obrigação cumprida.
O bate-papo para que fui convidado – estava no foco um ex-aluno e eu – se desenvolveu, já foi dito, em um ambiente de conforto e dignidade. É o que merecemos e o que queremos. As atividades subsequentes da manhã do sábado 25 de maio da mesma forma se desenvolveram em ambientes adequados.
Nessa trilha, recuperados valores insubstituíveis da nossa sociedade – valores, digamos, congelados ou fora de moda – repousa a esperança de um Brasil que sonhamos.
Francisco Nery Júnior