26 de abril de 2024

Com 437 votos a favor, Câmara cassa mandato da deputada Flordelis

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Redação (pa4.com.br), com informações do g1

Flordelis discursa na Câmara nesta quarta-feira, antes da votação que decretou a cassação do mandato Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

 

BRASÍLIA — O plenário da Câmara dos Deputados cassou o mandato da deputada Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ). O Conselho de Ética havia recomendado a cassação de Flordelis, há dois meses, por 16 a 1. Foram 437 votos a favor e apenas 7 contra a cassação da deputada. Ela ainda recorreu à CCJ, mas foi derrotada pela unanimidade de 47 votos contra seu recurso e nenhum favorável.

Após a cassação, a prisão preventiva de Flordelis foi pedida à Justiça pelo advogado Ângelo Máximo, que representa a família do pastor Anderson do Carmo, marido da pastora assassinado em 2019.

No plenário, Flordelis implora aos deputados: ‘Não me cassem, sou inocente e vão se arrepender’

— Meu mandato foi cassado de forma cruel e covarde — disse Flordelis, após a decisão, e acrescentou: — Saio daqui pra lutar pela minha inocência e liberdade. Não cometi crime algum.

Flordelis declarou ainda que o marido assassinado deveria ter pago pelos crimes que cometera:

— Meu marido precisava estar vivo para pagar pelas coisas monstruosas que ele fez.

Relembre: Trama envolvendo assassinato, briga por dinheiro e relatos de abuso sexual que levou à cassação da deputada

Entre os sete deputados que votaram contra a cassação, dois são do Rio de Janeiro: Glauber Braga (PSOL) e Jorge Braz (Republicanos). Também se opuseram à perda do mandato os parlamentares Carlos Gaguim (DEM-TO), Dimas Fabiano (PP-MG), Fausto Pinato (PP-SP), Leda Sadala (Avante) e Maria Rosas (Republicanos).

Flordelis responde na Justiça pela acusação de ser mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, crime que ocorreu em junho de 2019, em Niterói (RJ). O relator Alexandre Leite afirmou no plenário que Flordelis não está sendo acusada, na Câmara, se mandou matar ou não seu marido. Mas por outras questões, como uso do prestígio de deputada para induzir o filho assumir o assassinato e depois atuaria em tribunais superiores para livrá-lo de uma condenação.

Ele a acusou ainda de falseamento da verdade, ao negar a compra da arma do crime. O relator entende que Flordelis era a única pessoa da família com recursos financeiros para pagar R$ 3,5 mil na aquisição da arma do crime.

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