A Secretaria de Segurança da Bahia registrou 180 homicídios durante os 12 dias de greve da polícia militar no estado, uma média de 15 mortes por dia. O balanço levou em consideração os dados registrados até as 21h de sábado, logo depois da assembleia realizada no Ginásio do Sindicato dos Bancários, no centro de Salvador, que pôs fim ao movimento
Em Paulo Afonso foram 08 dias de paralisação, e nesse período, além de furtos, arrombamentos, tentativas de homicídio e de alguns assaltos, como o do posto de combustíveis Texaco/São Francisco, co Centro de Paulo Afonso, três pessoas foram assassinadas, todas com arma de fogo.
Veja em ordem cronológica o resumo dos homicídios:
Tarde do dia 07/02 – Quatro homens em duas motos chegaram na “Oficina de Nael” localizada Rua Veneza – BNH. Dois deles desceram armados do veículo, invadiram a oficina e atiraram em dois funcionários, um deles morre: Josimar Rodrigues dos Santos, 23 anos, morador do Bairro Senhor do Bonfim.
Manhã do dia 09/02 – A Casa Lotérica Portal da Esperança, localizada na Rua Afonso Raimundo do Nascimento, no Bairro Tancredo Neves II, sofre tentativa de assalto, o Sargento/PM da Reserva Edvaldo Clementino dos Santos, mais conhecido por “Gordo”, de 54 anos, que estava nas proximidades da lotérica, quando avistou a ação dos bandidos, tentou evitar o assalto. O PM atirou em direção aos indivíduos, mas acabou sendo atingido na cabeça e morreu na hora.
Tarde do dia 10/02 – Homens armados em três motos executaram com vários tiros, o popular Anderson Martins dos Santos, 36 anos, na frente da própria casa, na Rua ACM, 1112.
Apesar dos crimes terem ocorridos no período da greve, o Delegado Regional de Paulo Afonso, Mozart Cavalcante não associou os homicídios à paralisação, o delegado disse que forma crimes pontuais, dois deles “acerto de contas” entre grupos rivais e a tentativa de assalto do BTN que resultou na morte do PM “Gordo”, “é um tipo de crime que pode acontecer eventualmente”.
