26 de dezembro de 2024

Vereadora Vanessa de Deus (DEM)

Por

Por Antônio Galdino do Folha Sertaneja


 


Vanessa Barbosa de Deus, filha do ex-Prefeito Paulo de Deus, fez sua estréia na política na última eleição sendo a vereadora mais votada com 2.682 votos. Eleita pelo PFL, atual DEM, tem se destacado na Câmara pelas suas posições em defesa de projetos voltados para a mulher, como o apoio para a criação da DEAM, referentes a 3ª Idade e a educação, dentre outros.

No mês de março, quando se comemorouo Dia Internacional da Mulher, Vanessa de Deus foi também destaque ao votar contra a aceitação das denúncias pela Câmara, para afastar o Prefeito Raimundo Caires, do PSB, a quem faz oposição. 

FS –  Vereadora Vanessa , esse é o seu primeiro mandato e, embora esteja em um partido que faz oposição ao Prefeito Caires, do PSB, você passou a receber elogios de opositores seus pela sua posição na Câmara quando votou contra a aceitação de denúncias que poderiam afastar o prefeito. Como avalia esse momento e o que isso representou para você enquanto legisladora?

VD – Eu acho que foi a maior experiência da minha vida, maior porque eu tive contato direto com essa parte da política que tanto tem afastado o desenvolvimento do nosso país, de pessoas que acham que são representantes do povo, mas na verdade estão representando o próprio ego, os próprios interesses pessoais. A gente vê isso muito distante, mas com esse episodio eu tive a oportunidade de vivenciar com pessoas que estão realmente preocupadas em atingir um objetivo, um fim, independente dos meios.

Digo que é o maior aprendizado, porque eu me recordo muito bem e eu não costumo esquecer o que eu digo muito menos o que eu faço, apesar das pessoas ficarem repetindo, falando dos discursos que eu fiz, dizendo “que ela agora não fala mais”, não é verdade. Eu sempre defendi a mudança da lei da orgânica. Me chamaram até a ‘mãe do afastamento do prefeito’, mas talvez as pessoas não tenham captado a minha mensagem.

O que eu queria dizer naquele momento é que tanto a constituição federal quanto constituição do estado da Bahia têm previsto o afastamento, tanto do presidente como do governador, mas por um fato preciso. Eu pergunto: nos últimos tempos a gente está afastando presidente, governador aleatoriamente, entra uma denúncia “eu não gosto dele”, “tendo quorum de 2/3 afasta, porque ele não tem maioria na câmara”.

Eu sou contra isso, terminantemente contra. Eu acho sim, se houver um fato preciso a gente vai processar essa ação. Essa ação se chama comissão processante. Há todo um trâmite que nós já conhecemos, mas quando a denuncia chegou as minhas mãos e eu até falei nas minha justificativas que as pessoas começaram a me pressionar você tem que votar, em particular uma imprensa local, “você tem que votar se não eu vou acabar com você”, “tem que votar porque eu quero que vote e não sei o quê”. É preciso se deixar bem claro que o vereador não está ali para defender o interesse nem do grupo A nem do grupo B.

Na hora que a gente dá um voto tem que pensar em todo um contexto e esse contexto que nós estamos analisando é a cidade, é o bem do povo de Paulo Afonso.

Não me arrependo do meu voto, apesar do voto naquele momento não ter representatividade nenhuma, porque eu poderia votar sim, votar não, ou me abster. O prefeito não iria ser afastado pelo quorum, mas eu fiz questão de dar o meu voto com a minha consciência.

Tenho que ter a minha responsabilidade de Vanessa, se não aquele sonho da menina ingênua do passado que queria entrar na política para fazer a diferença não valeria a pena.

FS Como é que começou a sua história política. Está no sangue, nas raízes familiares.

VD – Na verdade realmente eu entrei na política desde a Universidade Federal de Sergipe. Eu sempre me envolvi muito com as coisas que dizem respeito ao coletivo, gostava dos grêmios estudantis para gente tratar dos nossos direitos, acompanhava a política nacional e do estado, até local mas com uma certa distância da vida familiar.

Minha família já estava no poder, mas por morar, estudar em Aracaju, a gente vinha nas férias e assim, acompanhava muito com olhar externo, sem se envolver diretamente com as questões das políticas de Paulo Afonso, a política partidária.

FS E o que a fez envolver-se mais?

VD – O que me fez decidir pela atuação na política partidária foi quando, retornando a Paulo Afonso, já formada, eu fui fazer um curso de mestrado em Auditoria Governamental e lá os professores sempre questionavam a gente falando do diagnóstico dos municípios, do desenvolvimento das cidades do Brasil e sempre com críticas ao gestor, a crítica em quem estava à frente, que é corrupto, ninguém presta, estas coisas e teve um professor que eu nunca me esqueço, que chegou pra gente e disse: “mas vejam só, vocês tiveram a felicidade do próprio Brasil bancar o estudo para vocês, para estudarem em escola pública federal e qual a contribuição que vocês vão dar para o país?

Vai ser só critica? Vocês vão ser apenas expectadores da política ou vocês vão dar a contribuição de vocês diretamente? Aquilo é como se fosse uma sementinha que fosse plantada, porque aquilo me incomodou porque eu participava, já estava acompanhando diretamente o trabalho do meu pai em particular como prefeito de Paulo Afonso e via que se cada um desse sua contribuição, que existem pessoas bem intencionadas, quando falo bem intencionadas é que realmente querem construir algo e não usurpar do poder, mas fazer do poder algo que possa transformar, algo que possa mudar, movimentar e as vezes a gente fica apático.

FS Convivendo com tio Prefeito, depois Deputado, pai Prefeito duas vezes e outros parentes envolvidos na política, não há nenhum fato marcante em sua vida, uma lembrança?

VD – Eu vou revelar um acontecimento da nossa família. Lembro muito bem, eu era pequena, mas a gente tinha o costume de nos reunir todas as datas festivas, a família toda, os filhos, meu avô e minha avó Carlina, já falecidos, e eu me lembro como se fosse hoje meu tio Luiz chegando na fazenda dos meus avós e relatando que queria ser candidato a prefeito de Paulo Afonso.

Minha avó ficou assustada, “meu filho como é que você vai entrar na política, todo mundo diz que política só tem lugar para ladrão que todo político é corrupto”, aquela preocupação dela de salvaguardar a imagem das pessoas e principalmente do seu filho, Luiz de Deus. Ele foi candidato, perdeu uma, duas vezes, ganhou foi prefeito e cresceu. Claro que isso teve influencia na minha posição de ser candidata e estar vereadora aqui em Paulo Afonso.

FS Você usou como bandeira na sua campanha a defesa da mulher. Porque essa opção?

VD – É verdade, a bandeira de defender as causas femininas que na verdade são causas do ser humano em si, mas ainda tem essa balança pendendo muito para o masculino na questão da discriminação.

É por acreditar que nós precisamos usar o nosso espaço, usar espaço no sentido que hoje nós temos de limitação dos 30% para cada partido que as mulheres venham a ser candidatas, venham ser representantes do poder legislativo, executivo e precisa ser usado e existe ainda uma ponte muito grande do ver a política e fazer a política na visão das mulheres.

Digo na visão das mulheres, porque nós temos filhos para cuidar, nós temos a casa, temos o marido, temos que administrar a nossa vida pessoal enquan�p class9D�� ��

Por Antônio Galdino do Folha Sertaneja


 


Vanessa Barbosa de Deus, filha do ex-Prefeito Paulo de Deus, fez sua estréia na política na última eleição sendo a vereadora mais votada com 2.682 votos. Eleita pelo PFL, atual DEM, tem se destacado na Câmara pelas suas posições em defesa de projetos voltados para a mulher, como o apoio para a criação da DEAM, referentes a 3ª Idade e a educação, dentre outros.

No mês de março, quando se comemorouo Dia Internacional da Mulher, Vanessa de Deus foi também destaque ao votar contra a aceitação das denúncias pela Câmara, para afastar o Prefeito Raimundo Caires, do PSB, a quem faz oposição. 

FS –  Vereadora Vanessa , esse é o seu primeiro mandato e, embora esteja em um partido que faz oposição ao Prefeito Caires, do PSB, você passou a receber elogios de opositores seus pela sua posição na Câmara quando votou contra a aceitação de denúncias que poderiam afastar o prefeito. Como avalia esse momento e o que isso representou para você enquanto legisladora?

VD – Eu acho que foi a maior experiência da minha vida, maior porque eu tive contato direto com essa parte da política que tanto tem afastado o desenvolvimento do nosso país, de pessoas que acham que são representantes do povo, mas na verdade estão representando o próprio ego, os próprios interesses pessoais. A gente vê isso muito distante, mas com esse episodio eu tive a oportunidade de vivenciar com pessoas que estão realmente preocupadas em atingir um objetivo, um fim, independente dos meios.

Digo que é o maior aprendizado, porque eu me recordo muito bem e eu não costumo esquecer o que eu digo muito menos o que eu faço, apesar das pessoas ficarem repetindo, falando dos discursos que eu fiz, dizendo “que ela agora não fala mais”, não é verdade. Eu sempre defendi a mudança da lei da orgânica. Me chamaram até a ‘mãe do afastamento do prefeito’, mas talvez as pessoas não tenham captado a minha mensagem.

O que eu queria dizer naquele momento é que tanto a constituição federal quanto constituição do estado da Bahia têm previsto o afastamento, tanto do presidente como do governador, mas por um fato preciso. Eu pergunto: nos últimos tempos a gente está afastando presidente, governador aleatoriamente, entra uma denúncia “eu não gosto dele”, “tendo quorum de 2/3 afasta, porque ele não tem maioria na câmara”.

Eu sou contra isso, terminantemente contra. Eu acho sim, se houver um fato preciso a gente vai processar essa ação. Essa ação se chama comissão processante. Há todo um trâmite que nós já conhecemos, mas quando a denuncia chegou as minhas mãos e eu até falei nas minha justificativas que as pessoas começaram a me pressionar você tem que votar, em particular uma imprensa local, “você tem que votar se não eu vou acabar com você”, “tem que votar porque eu quero que vote e não sei o quê”. É preciso se deixar bem claro que o vereador não está ali para defender o interesse nem do grupo A nem do grupo B.

Na hora que a gente dá um voto tem que pensar em todo um contexto e esse contexto que nós estamos analisando é a cidade, é o bem do povo de Paulo Afonso.

Não me arrependo do meu voto, apesar do voto naquele momento não ter representatividade nenhuma, porque eu poderia votar sim, votar não, ou me abster. O prefeito não iria ser afastado pelo quorum, mas eu fiz questão de dar o meu voto com a minha consciência.

Tenho que ter a minha responsabilidade de Vanessa, se não aquele sonho da menina ingênua do passado que queria entrar na política para fazer a diferença não valeria a pena.

FS Como é que começou a sua história política. Está no sangue, nas raízes familiares.

VD – Na verdade realmente eu entrei na política desde a Universidade Federal de Sergipe. Eu sempre me envolvi muito com as coisas que dizem respeito ao coletivo, gostava dos grêmios estudantis para gente tratar dos nossos direitos, acompanhava a política nacional e do estado, até local mas com uma certa distância da vida familiar.

Minha família já estava no poder, mas por morar, estudar em Aracaju, a gente vinha nas férias e assim, acompanhava muito com olhar externo, sem se envolver diretamente com as questões das políticas de Paulo Afonso, a política partidária.

FS E o que a fez envolver-se mais?

VD – O que me fez decidir pela atuação na política partidária foi quando, retornando a Paulo Afonso, já formada, eu fui fazer um curso de mestrado em Auditoria Governamental e lá os professores sempre questionavam a gente falando do diagnóstico dos municípios, do desenvolvimento das cidades do Brasil e sempre com críticas ao gestor, a crítica em quem estava à frente, que é corrupto, ninguém presta, estas coisas e teve um professor que eu nunca me esqueço, que chegou pra gente e disse: “mas vejam só, vocês tiveram a felicidade do próprio Brasil bancar o estudo para vocês, para estudarem em escola pública federal e qual a contribuição que vocês vão dar para o país?

Vai ser só critica? Vocês vão ser apenas expectadores da política ou vocês vão dar a contribuição de vocês diretamente? Aquilo é como se fosse uma sementinha que fosse plantada, porque aquilo me incomodou porque eu participava, já estava acompanhando diretamente o trabalho do meu pai em particular como prefeito de Paulo Afonso e via que se cada um desse sua contribuição, que existem pessoas bem intencionadas, quando falo bem intencionadas é que realmente querem construir algo e não usurpar do poder, mas fazer do poder algo que possa transformar, algo que possa mudar, movimentar e as vezes a gente fica apático.

FS Convivendo com tio Prefeito, depois Deputado, pai Prefeito duas vezes e outros parentes envolvidos na política, não há nenhum fato marcante em sua vida, uma lembrança?

VD – Eu vou revelar um acontecimento da nossa família. Lembro muito bem, eu era pequena, mas a gente tinha o costume de nos reunir todas as datas festivas, a família toda, os filhos, meu avô e minha avó Carlina, já falecidos, e eu me lembro como se fosse hoje meu tio Luiz chegando na fazenda dos meus avós e relatando que queria ser candidato a prefeito de Paulo Afonso.

Minha avó ficou assustada, “meu filho como é que você vai entrar na política, todo mundo diz que política só tem lugar para ladrão que todo político é corrupto”, aquela preocupação dela de salvaguardar a imagem das pessoas e principalmente do seu filho, Luiz de Deus. Ele foi candidato, perdeu uma, duas vezes, ganhou foi prefeito e cresceu. Claro que isso teve influencia na minha posição de ser candidata e estar vereadora aqui em Paulo Afonso.

FS Você usou como bandeira na sua campanha a defesa da mulher. Porque essa opção?

VD – É verdade, a bandeira de defender as causas femininas que na verdade são causas do ser humano em si, mas ainda tem essa balança pendendo muito para o masculino na questão da discriminação.

É por acreditar que nós precisamos usar o nosso espaço, usar espaço no sentido que hoje nós temos de limitação dos 30% para cada partido que as mulheres venham a ser candidatas, venham ser representantes do poder legislativo, executivo e precisa ser usado e existe ainda uma ponte muito grande do ver a política e fazer a política na visão das mulheres.

Digo na visão das mulheres, porque nós temos filhos para cuidar, nós temos a casa, temos o marido, temos que administrar a nossa vida pessoal enquan�p class9D�� ��

Por Antônio Galdino do Folha Sertaneja


 


Vanessa Barbosa de Deus, filha do ex-Prefeito Paulo de Deus, fez sua estréia na política na última eleição sendo a vereadora mais votada com 2.682 votos. Eleita pelo PFL, atual DEM, tem se destacado na Câmara pelas suas posições em defesa de projetos voltados para a mulher, como o apoio para a criação da DEAM, referentes a 3ª Idade e a educação, dentre outros.

No mês de março, quando se comemorouo Dia Internacional da Mulher, Vanessa de Deus foi também destaque ao votar contra a aceitação das denúncias pela Câmara, para afastar o Prefeito Raimundo Caires, do PSB, a quem faz oposição. 

FS –  Vereadora Vanessa , esse é

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