Por Evelyn Santana
Padrões de beleza sempre permearam a história humana, seja nos tempos mais remotos até os atuais. Se observarmos um pouco acerca dos padrões de beleza em consonância com os períodos históricos iremos notar que apesar dos lapsos temporais, ou seja, que apesar dos distintos períodos, sempre houve uma exigência no que concerne à exigência de adequação do padrão de beleza imposto e vigente para cada período no que tange a nossa evolução enquanto sociedade. E, infelizmente, essa exigência incidiu majoritariamente sobre o gênero feminino.
Independentemente do modelo estabelecido o fato que se destaca é a presença tanto do padrão quanto da exigência. Afunilando um pouco mais a questão um fator que potencializa esse fenômeno nos dias atuais: redes sociais.
Todos os dias somos bombardeados com arquétipos de corpos esculturais e rostos imaculados. Somos apresentados ao que supostamente seria o ideal da perfeição, ou que deveríamos ser. Essa realidade somada à necessidade de aceitação e validação, nos leva não somente a achar que existe algo de errado conosco culmina em uma batalha desgastante para atingir um ideal que sequer existe. Nesse bojo, somos apresentados aos caminhos que em tese nos ajudarão a chegar lá: produtos, métodos, tratamentos, cirurgias… Porque nos fazer acreditar que somos imperfeitos, que precisamos atingir um patamar imposto e altamente lucrativo.
Com isso não falo sobre anular nosso amor próprio, autocuidado, busca por melhorias de vida e de autoestima. Apenas questiono quais são nossas verdadeiras motivações? Somos nós? Nossa geração enaltece o exterior em detrimento de qualquer outra coisa. Filtros e mais filtros… Quanto mais perto do que apregoam enquanto perfeito e belo… Mais likes, mais lucro, mais tristeza.
A tristeza advém da impossibilidade de atingir a suposta perfeição, do quanto nos comparamos, do quanto lutamos uma batalha em que os únicos que lucram são os que ganham através de nossas inseguranças. Quase nunca sou categórica ou enfática em textos. Entretanto, sabemos que nossa perfeição reside na imperfeição. Em nossas singularidades, traços, marcas, nas nossas diferenças. Assim sendo, penso que a batalha que devemos travar é a de nos aceitarmos enquanto indivíduos únicos. Ao invés de corrermos uma corrida injusta para padronizar nossos corpos, rostos e vidas.
Sou gordinha e não me sinto pressionada por nada, nem ninguém, mais um artigo nada com coisa nenhuma
Parem com essa cultura do vitimismo so para militar com bobagens