O enfermeiro desempregado André de Oliveira Lima de 38 anos, foi preso em Aracajú – SE, na última quarta-feira pela Polícia Civil de Paulo Afonso, sob o comando do Delegado Titular Hidelbrando Alves com o apoio do SI (Serviço de Investigação). André é um dos três acusados do assassinato da dona do quiosque “Entre as Estrelas” Maria Lúcia Fabrício Braz de 58 anos, mais conhecida como Dona Lucinha, localizado no Balneário Prainha O crime aconteceu no dia 26 de novembro do ano passado na residência da própria vítima, na Rua Herbert de Souza no Bairro Prainha. No mês passado, a polícia havia prendido Roberval Ferreira de Lima, que era o cozinheiro do quiosque, na oportunidade, o mesmo confessou que apenas assistiu ao crime e ajudou a esconder o corpo. Para a Delegada da Mulher Mirela Santana que está à frente do caso, o crime já está elucidado, faltando prender apenas o terceiro e último envolvido, conhecido por “Van”. André e Van eram inquilinos de Dona Lucinha e eram muito mais que amigos, como ele mesmo confessou quando foi perguntado pela equipe do site www.ozildoalves.com.br – Paulo Afonso Agora – o que ele era do “Van”: “Eu tinha um caso com ele, era meu parceiro sexual, mas hoje não temos mais nada”. Em seu depoimento na delegacia, André que é enfermeiro, disse que a vítima dona Lucinha foi morta asfixiada: “Eu e o “Van” precisávamos de dinheiro para ir embora de Paulo Afonso e sabíamos que ela tinha dinheiro no banco, o Van perguntou o que fazia uma pessoa dormir, eu disse que era formol, fui até uma farmácia no centro de Paulo Afonso, comprei o formol e já na casa dela, esperamos o momento certo para agir, quando ela foi para o quintal, o “Van” por trás com o lenço encharcado de formol pressionou sobre o rosto dela, eu a segurei e a levei para a cozinha, lá ela arriou. Nós não tínhamos a intenção de matá-la, mas, quando verifiquei no pulso dela , já estava morta. Depois disso vasculhamos a sua bolsa para encontrar o cartão e a senha do banco, encontramos apenas o cartão. Mesmo assim fomos ao banco, para ver se a senha era a data de nascimento dela, mas não conseguimos nada. Então pegamos apenas trezentos reais que estavam dentro da bolsa dela e dois cheques no valor cada um de seiscentos reais, foi quando eu disse ao “Van” matamos a Lucinha por causa de trezentos reais. Como o dinheiro ainda era pouco para a viagem, roubamos alguns objetos como ventilador, ferro e duas bolsas dela.” O acusado disse ainda que ficou com medo de dormir na casa com a dona Lucinha morta: “Eu disse ao “Van” que não iria conseguir dormir com ela morta na mesma casa, foi quando resolvemos amarrar suas mãos e pés e colocar o seu corpo em baixo do balcão da cozinha, mesmo assim eu não consegui dormir, ele (Van) dormiu tranquilo”. De madrugada resolvemos ficar na pousada em frente à Rodoviária de Paulo Afonso e pela manhã pegamos um ônibus com destino a cidade de São Miguel dos Campos – AL.” A compensação dos cheques da vítima e um número de telefone de Sergipe encontrado nos pertences de André foram peças fundamentais para a polícia chegar até o acusado. O Delegado Regional de Paulo Afonso que também investiga o caso parabenizou sua equipe e disse que agora é questão de tempo para prender o último acusado.