A Polícia Civil de Alagoas está em operação permanente desde o domingo (18) para tentar prender Leandro Pinheiro Barros, foragido por ser suspeito de matar a esposa, Mônica Cavalcante, 26, na madrugada daquele dia em São José da Tapera (AL).
Temos homens em campo e trabalho de inteligência, mas sabemos que estamos lidando com um integrante de uma família com histórico de crime, que o pai é policial e que conhece bem a área. A gente está tendo um pouco mais de dificuldade, mas todos os esforços estão sendo feitos; a prisão é questão de tempo”, informou Rubens Martins, delegado e chefe da gerência da Polícia Civil no sertão
A operação da Polícia Civil
A busca por Leandro é considerada hoje uma ação prioritária dentro da Polícia Civil alagoana, devido à grande comoção do crime no estado.
O suspeito também já teve prisão preventiva decretada pela Justiça. Até o momento ele não tem advogado.
Foram colocadas à disposição da investigação 10 viaturas, um helicóptero e uma equipe de 40 policiais, somando aí delegados, escrivães e agentes de Alagoas.
Um drone também ajuda nas buscas.
Há o aparato que a Polícia Civil colocou na operação com uso dos setores de inteligência, da Deic (Divisão Especial de Investigação e Capturas) e da Delegacia Geral, além das buscas de policiais na área.
Leandro fugiu da cidade em seu carro, um Jeep, logo após o crime, segundo informações de moradores. Pouco depois, ele teria largado o celular em algum lugar para não ser rastreado.
Uma das suspeitas é que o foragido tenha ido para Sergipe, onde mora seu pai e outros familiares — e onde supostamente ele tem uma amante.
Segundo o delegado Rubens Martins, chefe da gerência da Polícia Civil no sertão, o Centro de Operações Policiais Especiais e o Batalhão da Caatinga da PM de Sergipe também prestam apoio nas buscas.
Os familiares do suspeito
O irmão de Leandro chegou a ser preso em 2010 em São José da Tapera, por suspeita de integrar uma quadrilha de roubo e adulteração de veículos e pistolagem.
O pai dele, o policial reformado José Nilton Barros, também era suspeito no caso, além de ter respondido a processos criminais na Justiça de Sergipe — um deles por violência doméstica, em 2012.
Busca em Sergipe não encontra Leandro
A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe informou que, no domingo, foi acionada pela polícia alagoana e fez busca na cidade de Poço Redondo, que faz divisa com Alagoas. Porém, Leandro não foi encontrado.
O MP-AL (Ministério Público de Alagoas) informou que também está acompanhando o caso, mas aguarda o fim do inquérito para fazer a denúncia do suspeito. Como o caso corre em segredo de Justiça, não foram dadas mais informações.
A polícia também não informa detalhes de onde as buscas se concentram no momento para não atrapalhar a operação.
Morte causa comoção e medo
A morte de Mônica causou grande comoção e revolta em São José Tapera, no sertão alagoano. Mesmo assim, há um silêncio na cidade por medo do suspeito, já que Leandro é tido como um homem violento e intimidador.
Ele teria agredido Mônica, que foi morta em frente à casa deles no domingo passado. O homem também era visto frequentemente armado.
Mônica era casada com Leandro havia 10 anos e tem dois filhos, de 3 e 9 anos. Eles estão com a família materna no momento.
A família de Mônica que mora em São José da Tapera tem evitado falar com a imprensa.