28 de março de 2024

Nossa amizade com a China – precisamos de capital 

Por

REDAÇÃO - PA4.COM.BR

Foto: Alan Santos/PR

Nossa amizade com a China – Não temos poupança interna e precisamos de capital

 

Por Francisco Nery Júnior

 

A aldeia global de Marshall MacLuhan custa chegar. Não há segurança para a afirmação que a tendência para o agrupamento das nações, prevista por alguns sábios, jamais acontecerá. Certo que verificamos, ao contrário da união dos povos, o esfacelamento das confederações. A União Soviética se desintegrou como movimentos separatistas resultaram na formação de vários países do que foi um dia a Yugoslávia. No Brasil, apenas adormecido o desejo de alguns estados do sul de se desligarem da federação brasileira.

 

Napoleão Bonaparte sonhava com os Estados Unidos da Europa. De fato, temos a União Europeia e as organizações tipo OEA (Organização dos Estados Americanos) e a ONU (Organização das Nações Unidas), mas elas estão muito longe de serem uma confederação. Na história das Américas, a América Latina perdeu uma grande oportunidade de se compor em um grande país de uma grande nação. Pelo menos de se organizar no México, em um país na América Central e em um terceiro na América do Sul, vizinho ao Brasil.




 

 

Enquanto não evoluirmos para a composição de um governo mundial, considerando que somos todos habitantes de um único planeta ao redor do sol, as nossas conquistas de desenvolvimento continuarão sendo neutralizadas pelo imenso custo de manutenção de cada país voltado para dentro de si mesmo. Podemos considerar, como exemplo, o desenvolvimento e a diminuição das desigualdades que poderiam advir da eliminação das forças armadas dos países e a consequente extinção da indústria bélica.

 

Enquanto isso, cada povo busca o seu desenvolvimento. A China cresce formidavelmente. Alguns afirmam que ela já é um país desenvolvido. Não estaria mais em desenvolvimento. Usamos a terminologia dos conceitos. Já existe, inclusive, a expectativa que ela ultrapassará os Estados Unidos como potência econômica dentro de aproximadamente dez anos.

 

E a China quer a nossa amizade. O que pressupomos é que os chineses nos consideram, seja para assegurar um relacionamento ao sul dos Estados Unidos, seja para garantir o suprimento de produtos agrícolas, como soja e milho, essenciais para as necessidades de bem mais de um bilhão de habitantes. O capital chinês tem chegado ao Brasil e produtos chineses são importados.

 

Não seria exagero admitir que os chineses nos amam. Nada impede esse amor em termos de um relacionamento responsável onde só temos a ganhar. Não há percalços nem qualquer tipo de impedimento. Não temos poupança interna suficiente e precisamos do capital chinês. Nós nos referimos ao capital que chega, é remunerado e nos acrescenta expertise, parceria e experiência.

 

O capital parceiro de que precisamos pode ser americano, europeu ou chinês. Deng Hsiao Ping, o arquiteto herói da alavancada chinesa a partir dos anos setenta, uma vez vaticinou: “Não importa se o gato é preto ou branco, contanto que pegue rato”. Se um capital de parceria nos é oferecido, que mal em aceitá-lo? Evidente que não desejaríamos o capital da Máfia, por exemplo, ou o capital acumulado por algum tipo de espoliação de trabalhadores.

 

Podemos não concordar com o sistema político dos chineses, com alguns dos seus costumes ou com a sua religião. Mas por que hostilizá-los? Por que não aceitar uma amizade que nos é oferecida por um povo milenar afável, sábio e paciente? Os chineses já foram os bambambãs da Idade Média. Os seus inventos estão entre nós até hoje.

 

Que venham os chineses. O abraço com que os receberemos não desarma o abraço com que temos recebido outros parceiros. E vamos tratar de aprender o mandarim.

 




 



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COMENTÁRIOS

Comentários 14

  1. A verdade says:

    mais eles deram foi o Corona Vírus
    vão esperando coisa boa da china

    • Observando says:

      Pois é. Um país comunista não quer saber de amizade. Apenas interesses. Poder e nada mais

  2. Márcia says:

    Me chamou a atenção o apoio a um governo mundial, acabando assim com os direitos de cada país e aceitarmos ajuda da China, um país comunista que o maior interesse é justamente dominar as nações!

  3. Capitão Laércio Paz says:

    Meu caro Professor Nery, a China é responsável, segundo o livro Negro do Comunismo, de ter matado em torno de 65 milhões de pessoas para a implantação do Comunismo Marxista.
    Vive hoje, num regime onde o pseudo Presidente, tem cargo vitalício, ou seja é um ditador.
    Escravisa sua população na linhas de produção, é o maior ladrão de propriedade intelectual do mundo (pirataria) a para vender mais barato e prejudicar a concorrência em nível mundial.
    É o causador de várias epidemias no mundo, inclusive da COVID-19, depois aparece como o maior produtor de respiradores do mundo (coincidência?) é com uma vacina inútil com 50% de eficácia ( em 2 doses).
    Pergunte a algum Chinês que fugiu da China se ele quer voltar? O Senhor já fez isso?
    O senhor pode não ser fã do Governo Federal mas, é conhecedor de história. Ê incompreensível chamar o governo chinês de povo afável é que nós ama?
    De onde o senhor tirou isso mestre kkkk?
    #CapitãoPaz

  4. Francisco Nery Júnior says:

    Longe de polemizarmos, antes com base no maior respeito ao meu amigo Paz e aos outros que se manifestaram, engrandecendo o debate ou o esclarecimento das massas, poderíamos considerar: se o Covid-19 realmente teve origem na China, não teve origem lá nem o Ebola nem o vírus da gripe espanhola. Lá morreram certamente milhões de chineses fruto dos desvarios de Mao Tse Tung. Não morreram milhares de escravos nos Estados Unidos (e em outros países) e não morreram de fome e sede milhares de nordestinos? O comunismo teórico pode pregar a dominação do mundo. Que outra ideologia não prega ou deseja? Nobres amigos, não desejo eu “defender” a China, mesmo porque tem gente muito mais capaz do que eu para fazê-lo. Também a matéria não é uma confissão de comunismo nem de amor ao sistema chinês. Acho, porém, data vênia, repito, dos nobres amigos, que para nós, arruinados em uma dívida interna que explodiu a partir do ano 2000 (um bilhão de reais de juros por dia, segundo o nosso presidente), um pouco de pragmatismo se faz mister. Podemos levar em consideração o desabafo do presidente Bolsonaro que estamos falidos e ele não pode “fazer nada”. Abraços.

  5. Michael Souza says:

    A comentarista Márcia deseja ficar no atual domínio?

    • Márcia says:

      Desejo governo democrático! De verdade! Não a falsa democracia que vivemos nos últimos anos de esquerda no poder!

  6. Márcia says:

    Falou tudo capitão!

  7. Observador says:

    A foto e o polegar para cima deixam claro que Bolsonaro pensa como o professor

  8. Antonio says:

    capitão paz parabens. A china criou um virus acabou com a econômia mundial e ainda ficam bajulando essa raça. Comunista e Ditador é raça do satanas miseraveis. O detalhe é que china é o único pais que cresceu foi a china. O resto estão todos lascados.

  9. Observação says:

    Todos os países da América do Sul tiveram ditadores

  10. Ver o Brasil crescer says:

    Mais uma razão, Antônio, para imitar a China no que ela tem de bom. Os defeitos dela a gente descarta.

  11. Observando says:

    Quando a gente se libertar de muitas besteiras como os chineses se libertaram, a gente cresce. De vinte e um anos para cá as besteiras de demagogos egoístas só afundaram o Brasil

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