29 de março de 2024

Luiz de Deus prefeito – da necessidade de compor

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Doutor Luiz está de volta à prefeitura. Foi o iniciador da montagem da cidade, ensaiada por Abel Barbosa e José Ivaldo, em 1990. Uma das suas características é desafiar os adversários a apontar corrupção, propinas e desvios de verbas no seu grupo político.

A vitória foi consagrada com 24.484 votos. O segundo colocado, o doutor Paulo de Deus, irmão do vencedor, recebeu 21.714 votos. Raimundo Caires, o terceiro colocado, obteve pouco mais de 10 mil votos. Considerando-se as porcentagens alcançadas, podemos concluir que teríamos um segundo turno se tivéssemos mais de 200 mil habitantes. A lógica do segundo turno é garantir uma base de sustentação que permita ao vencedor administrar.

Com menos de 50% dos votos válidos, torna-se imprescindível que o Dr. Luiz se ponha, desde já, ainda na névoa envolvente da vitória, na direção da conciliação e do desarmamento dos espíritos. Ele sabe que carece ser elegante na vitória como sabe da importância de crescermos em paz e respeito mútuo.

Em seguida, carece considerar o desarmamento de certas estruturas. Como a maioria dos votos foi dedicada a ele, a ele cabe, desde o primeiro dia no cargo, imprimir a sua marca e deixar clara a necessidade de unidade de comando. Cortar vícios e suprimir privilégios porventura existentes é imperioso. Importa, sobremaneira, demonstrar gosto de governar. O povo está ciente que o Brasil chegou à triste situação econômica em que se encontra exatamente por falta de governo. Imperioso ainda valorizar cada centavo duramente pago pelo contribuinte.

O que mais poderia ser dito ao novo prefeito é que o povo gosta do gestor tocador de obras. Não se trata de ensinar ao bispo rezar a missa, mas precisamos ter uma orla urbanizada, um sistema de ciclovias, uma UTI, uma nova ponte sobre o canal e a urbanização da feira livre. Necessitamos, ademais, de uma atividade industrial geradora de empregos.

Existe a necessidade premente de se repensar a atividade turística em associação com as administrações das cidades vizinhas. Há que se descobrir por que o turista sai do litoral em direção a Piranhas e não sobe até Paulo Afonso. Já tivemos dois ônibus de turismo por dia em anos anteriores. Quanta atividade turística poderíamos ter se esportes náuticos fossem incentivados na nossa região, se tivéssemos uma Prainha urbanizada; se fosse reimplantado, por exemplo, o trenzinho de Piranhas a Jatobá!

Na busca pelo desenvolvimento, é fundamental a parceria com a Chesf e com grandes empresas. Capital que venha e produza benefícios em parceria onde todos ganham é muito bem vindo. A abominação fica para o capital que vem em forma de empréstimos a juros escorchantes.

Perto dos oitenta anos, com um currículo diverso e vencedor, a nossa esperança é que o novo prefeito conduza a cidade em direção a dias cada vez melhores.
 

Francisco Nery Júnior

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