19 de abril de 2024

Unidos ‘num só coração’ oposição e situação salvam Anilton de responder à cassação de mandato

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Depois de criticar anos a fio um prefeito, que sabor não experimenta um vereador quando pode aprovar parecer que abre um processo de cassação?Deve ser um manjar. Nada como um dia após o outro, pois o “prefeito sereia” de Edson Oliveira (PP), escapou ileso.

A oposição fictícia que existe na Câmara Municipal onde se inclui também Pedro Macário (PP) e Albério Carlos (PSL) não vê no sorrateio de informações à Casa, mal nenhum. Tanto é que nem se mexeram. Não saiu da boca desses homens nem um pio, em outras palavras, os fiscais do povo ajudam a prefeitura a lhes dar rasteira. Trata-se de um vexame, me arrisco, histórico.

Significa obviamente, a usurpação de um Poder que leva uma banana do executivo sempre que requer informações de como se aplica o rico dinheirinho do povo. A saída dos nobres para negarem o processo de cassação foi a existência do TCM – Tribunal de Contas dos Municípios, segundo respondeu o texto do presidente da Comissão e também relator do parecer, Marconi Daniel (PV).

Vereador Antônio Alexandre (PR)

“Desculpe Antônio Alexandre, mas o senhor é incompetente e incapaz, pois não tem condições de relatar. Um absurdo! Um desrespeito ao Regimento! Falta de bom senso, respeitem ao menos os trâmites”, disse Luiz Aureliano (PT), depois da discussão entre Antônio Alexandre e Marconi Daniel pela relatoria.

Luiz Aureliano (PT), Petrônio Nogueira (PDT) e Regivaldo Coriolano (PCdoB)

Em tempo: pedir a cassação do prefeito por este sonegar informações solicitadas pela Câmara num prazo máximo de 30 dias, é o que se deve fazer um Parlamento, se este se comportasse como tal, por se tratar de um procedimento previsto em lei. Como existem requerimentos há mais de um ano sem qualquer resposta, fez-se o correto. É preciso dizer a Anilton Bastos que a Câmara não é a "Casa da Mãe Joana", ou é?

Daniel foi ao mesmo tempo, presidente e relator de um processo que pede a cassação de um governo em que ele é o líder. Como bem disse o Marquês de Sade “Vamos botar ordem nesta orgia. O relator de direito é Antônio Alexandre, mas encontraram uma cláusula que desabilitou o dissidente, para como se vê, ficar tudo em casa. Que maravilha! Regivaldo Coriolano (PCdoB) apressou-se em defender a manobra, vale o destaque:

“A Mesa não deixou de acatar o parecer do relator, já sabia que era voto vencido (…) com relação à relatoria os três podem ser relatores”, disse Coriolano referindo-se a vereadora Leda (PDT), que também faz parte da Comissão.

A sessão ordinária desta segunda-feira (07) marca, portanto, a desnecessidade de manter vereadores a um alto custo. Pode-se esperar o parecer do TCM e manter o prefeito ou retirá-lo.

Vereadores ‘Dinho’ (PP), Bero (PSL), Zezinho do INSS (PROS) e Antônio Alexandre (PR)

O que está em curso, reitero, é a democracia direta que se realiza no tapetão, para que ninguém saiba o que aconteceu com as multas irregulares dos radares, como será ou foi usado o crédito adicional de R$ 1,7 milhão aprovado pela Casa, da primeira parcela do pagamento do terreno vendido para a construção do shopping, da compra de um imóvel na avenida Apolônio Sales, que segundo Aureliano pertencia a familiares do chefe de gabinete do prefeito? Só para ficar nestes exemplos.

Mais uma vez não aconteceu o Grande Expediente. Ou seja, além de retirar o direito de Antônio Alexandre ser relator, lhe castraram a fala, e segundo o bafafá dos bastidores, tanto ele quando Luiz Aureliano estão com a “cama pronta”.

“Para que convidaram uma reunião da comissã?, estava tudo preparado, se já tinha seu posicionamento como presidente e relator, para quê se reunir? Isto é uma ação danosa e antidemocrática, dei meu parecer separado aqui e lamentavelmente fica uma coisa pronta”, disse Antônio.

“Ah, e mesmo que existisse oposição e votassem a favor abririam processo de cassação?”, não porque a base do governo é maioria. Mas passariam pelos menos a sensação ilusória que não estamos pagando uma fortuna por um vereador à toa.

Unidos num só propósito e num só coração interaram o Parecer 02/2015 à despeito da decência, do discernimento e da coletividade.

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