O ministro das Cidades e presidente estadual do PP, Mário Negromonte, ironizou ontem a reivindicação do PDT baiano em obter tratamento igualitário ao PP na formação da equipe do governo Wagner. Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia publicada na edição de ontem, o dirigente estadual do PDT, Alexandre Brust, disse que tem a legenda progressista como “parâmetro” para conquista de mais espaços no segundo mandato petista no estado.
“Não sei qual é o tamanho do PDT porque o PP tem seis deputados estaduais, quatro federais, um vice-governador, um ministro para ajudar a Bahia, um suplente de senador que é o Roberto Muniz, e uma soma de mais de um milhão de votos entre os deputados estaduais e federais. Precisa ver se eles deram a mesma soma de votos que nós demos porque isso pesa”, disse Negromonte, em resposta à comparação de Brust.
Em conversa com a Tribuna, ao justificar a busca por secretarias de peso no governo Wagner, Brust chegou a argumentar que o governador havia comparado publicamente o PDT e o PP, enquanto forças políticas de expressão na Bahia. “Portanto, nós esperamos que o espaço que o PP tem possa também ser conquistado pelo PDT”, afirmou.
Segundo o novo ministro, o presidente do PDT pode até reivindicar, mas a “expressão hipotética” pode não condizer com a realidade. “Eu gosto muito e respeito o presidente do PDT, Alexandre Brust, mas não sei se somos referência. Não sei até se o PDT tem uma aliança programática com o governo federal como nós temos”, frisou.
Entretanto, conforme Negromonte, a disputa interna por cargos é “natural”. “Assim como acontece em âmbito federal, acontece em âmbito estadual”, disse, enfatizando que a ida do PP foi reconhecida pelo governador como “fundamental para o governo e sua vitória”.