O jovem pauloafonsino, Eryan Monteiro, de apenas 18 anos, teve seu sonho de criança (ser piloto de avião) interrompido na tarde deste sábado (14), após uma queda de uma aeronave na cidade de Bom Despacho, em Minas Gerais. Eryan e outra pessoa que ainda não teve a identidade revelada morreram na hora. Segundo informações da Polícia Civil, a perícia foi acionada e constatou que as vítimas estavam carbonizadas.

Eryan, era filho do chesfiano Erivaldo Monteiro e da professora Ana Maria Monteiro. No início desta noite, os pais estavam em casa, no bairro Caminho dos Lagos, na cidade de Paulo Afonso-BA quando souberam da mais triste notícia de suas vidas. Ambos estão transtornados e sob o efeito de sedativos.

De acordo com a polícia, a região onde a aeronave de pequeno porte caiu é uma reserva ambiental e fica ao lado do aeroporto da cidade. Peritos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de Belo Horizonte estão à caminho do local do acidente para apurar as causas.

“O avião caiu numa área de cerrado, de vegetação mais fechada. Não foi possível acessar com um caminhão. Então, fizemos o combate do incêndio com mochilas e extintores”, contou o sargento João Paulo do Corpo de Bombeiros.

Por telefone, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou ao G1 que foi notificado e que enviará uma equipe de BH.

O SONHO DE ERYAN

Em fevereiro do ano passado, o portal PA4.COM.BR publicou uma matéria mostrando a alegria de Eryan em poder realizar o sonho de criança em pilotar uma aeronave, com apenas 17 anos. Naquela oportunidade, Eryan Monteiro estava no 3º período do curso de Ciências Aeronáuticas da UNINASSAU.

Outra paixão do jovem era a música, roqueiro, músico por excelência, exímio baterista, Eryan Monteiro era um daqueles prodígios de talento ímpar.

O texto escrito pelo jornalista Júnior Padão – vizinho e amigo da família relatava toda a paixão do garoto por aeronaves. Veja abaixo:

O desejo de, literalmente, andar nas nuvens sempre povoou o imaginário de Eryan desde a mais tenra idade. “Desde pequeno colecionava miniaturas de aviões, saía correndo de casa pra ver as máquinas passando baixinho em cima de mim, ficava horas trancado no quarto no simulador imaginando como seria quando estivesse pilotando de verdade, ia pra o muro do aeroporto ao meio dia num sol pauloafonsino (que é 87% mais quente que o sol de outros lugares) só pra ver o avião da azul pousando de pertinho,” disse o jovem piloto em sua página do facebook.

Em seu primeiro voo Eryan esteve acompanhado do comandante Eric Detmering, seu instrutor, e do seu pai Erivaldo que, como Dédalo, sentiu orgulho do filho voando não com asas de será, mas em um C172M. Se bem conheço o pai coruja que é Erivaldo, as lágrimas banharam-lhe a face e enxaguaram-lhe a alma.

No terceiro período do curso de Ciências Aeronáuticas da UNINASSAU, Eryan ainda terá tempo suficiente para fazer opção em que ramo da aviação deverá seguir. No momento o que importa é segurar o manche e saber que tem o domínio da aeronave sob suas mãos.

Há em Eryan, indubitavelmente, um espírito de conquista que o torna perseverante em suas escolhas e, para pessoas assim, o céu é o limite. Que seu engenho e verve de aviador lhe garantam confiança para sempre voar em um céu de brigadeiro. Et voilá!

Veja matéria do portal PA4.COM.BR publicada no dia 15 de fevereiro de 2017 sobre a primeira experiência de Eryan em pilotar uma aeronave:

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